Em 2005, um trio de oceanógrafos dos EUA e da França realizaram pesquisas no Pacífico Sul, a 1500 quilômetros da Ilha de Páscoa. Por lá, com o submarino DSV Alvin, a 2200 metros de profundidade, os cientistas encontraram uma espécie de crustáceo vivendo em fontes hidrotermais.
Em 2006, por fim, publicaram a descrição do novo decápode, que recebeu o nome científico de ‘Kiwa hirsuta’. Análises morfomoleculares mostraram que a espécie é tão diferente das de outros caranguejos, que para ela foi criada uma família, a Kiwaidae.
Por viver na completa escuridão, a ‘K. hirsuta’ é albina, tem olhos bastante reduzidos e provavelmente é cega. Suas patas peludas contêm bactérias filamentosas que retiram os minerais tóxicos das fontes hidrotermais. Tem parentesco próximo com o caranguejo-ermitão.
O nome do gênero é uma referência a Kiwa, deusa polinésia dos frutos do mar. O epíteto específico significa ‘peluda’, em latim. Mas o caranguejo, logo que foi encontrado, já recebeu o nome comum de caranguejo-yeti, por ser branco e peludo e viver no frio assim como o Yeti, o famoso abominável homem das neves do Himalaia.
Bem, detalhe, a ‘K. hirsuta’ só tem seis centímetros…
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Caranguejo-yeti
Kiwa hirsuta Macpherson, Jones & Segonzac, 2006
Família: Kiwaidae
Kiwa: deusa Kiwa;
hirsuta: cabeluda, peluda.
Fontes: Artigo: <http://bit.ly/NCFKiwa>. Curta Nomes Científicos.
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